Cada dia ficamos mais perplexos com as notícias que chegam em nossas telas. As guerras parecem dilacerar nossos corações, a dor do outro transpassa nosso corpo como uma lança afiada, e a gente não sabe muito bem como agir e até, egoisticamente, se proteger.
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Notícias
Somos tomados de surpresa que um adolescente autista morre após ser agredido pelos colegas no banheiro de uma escola. E, pasmem, há uma multidão de outros colegas olhando, rindo e até aplaudindo aquela violência desmedida.
O que aconteceu conosco?
Será que nossa saúde psicoemocional está bem? A violência que a gente tem sofrido, sofre e até pratica conosco e com os outros poderá, em certa medida, “responder” a pergunta, pois um grito aqui, um chute na porta ali, um empurrão, um bater na mesa e... nossos limites vão sendo alargados e não se percebe que, daqui a pouco, isso se torna uma rotina.
Indo mais além...
Um jovem sai de casa com o firme propósito de se divertir, no final da festa embriagado, pega seu carro de luxo e sai em alta velocidade, atropela e mata uma pessoa... o restante da história já sabemos. Mas, por que essa pessoa é protegida? Por que ela não responderá por seus atos criminosos?
Permissividade X Individualidade
É possível perceber uma confusão entre o que é permitido. Ao aumentar nossa pseudoliberdade, a permissividade, o “tudo posso” ou “foi só uma brincadeira” vai dando aos seres humanos a capacidade torpe de não usar mais seu juízo de valor, sua ética ou sua moralidade. Lembre-se isso não é individualidade...
E a saúde
Parece que estes temas não estão interligados com a saúde. Contudo, basta pensar quantas vezes a nossa paz, o nosso equilíbrio ou o nosso prazer de viver foram roubados por essas “tragédias” humanas.
E fragiliza nosso ser, aumenta nosso medo, e as relações interpessoais se desfazem.
Para pensar
Diante de tantas notícias audiovisuais, seria importante pararmos um pouco e pensar como cada um de nós acolhe e até reproduz essas situações. Se, ao assistir tais notícias, elas ainda geram em nós inquietações, indignações ou desconforto, talvez se saíssemos de espectadores para participantes ativos de um caminho antiviolência? Recordemos “tudo está interligado como se fôssemos um”...